domingo, 10 de maio de 2009
REDE WICCANA
A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes
Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Celebrando Mabon - Equinócio de Outono

Faça uma Kern Baby ou Rainha da Colheita
Esta mágica e antiga peça, era feita com o último feixe da colheita, e inicialmente era confeccionada pelos ceifeiros, os que depois de tê-la em suas mãos diziam: "Nós temos a Kern!"

Virgem do Último Feixe da Colheita", esta era a forma pela qual era chamada na Escócia.
Podemos adotar esta atividade em nossas celebrações de Mabon.
Precisaremos para isso:
• Alguns ramos de trigo
• Alguma fitas de várias cores
• Um pedaço de pano branco
• Um galho de árvore
• Uns troços de barbante
Com os ramos de trigo divididos em três partes, primeiro pegue um deles e use-o para confeccionar a cabeça, com as outras duas faça os braços da boneca.
Para armá-la cruze duas partes dos ramos de trigo, e amarre a parte separada na posição vertical, que será a cabeça; ate com o barbante para que fiquem firmes de forma que não se soltem.
Use o pano branco e faça uma pequena túnica, para vestir a sua boneca de feixe.

Depois enfeite a túnica com as fitas coloridas, pois elas serão a representação da Primavera, simbolizando o equilíbrio com o outro ponto na Roda do Ano, que chegará mais adiante.
Quando estiver pronta, a sua Kern Baby, pendure-a no galho de árvore, pois é o símbolo fálico da fertilidade.
Na sua cerimônia de Mabon, ao colocá-la sobre o Altar, faça-o como símbolo da abundância e da fartura que atrairá para a sua Vida.
Quando as celebrações terminarem, coloque-a pendurada acima da porta de entrada de sua casa.
sábado, 21 de março de 2009
A COLHER NA BOCA

Imagem de Job Holland
Penso que deve existir para cada um
uma só palavra que a inspiração dos povos deixasse
virgem de sentido e que,
vinda de um ponto fogoso da treva, batesse
como um raio
nos telhados de uma vida, e o céu
com águas e astros
caísse sobre esse rosto dormente, essa fechada
exaltação.
Que palavra seria, ignoro. O nome talvez
de um instrumento antigo, um nome ligado
à morte – veneno, punhal, rio
bárbaro onde
os afogados aparecem cegamente abraçados a enormes
luas impassíveis.
Um abstracto nome de mulher ou pássaro.
Quem sabe? – Espelho, Cotovia, ou a desconhecida
palavra Amor.
(Helberto Helder,“Poema”, III, A Colher na Boca [1960], Poesia Toda: 30- 32)
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
O despertar da Kundalini
Jorge L. Rodrigues
A Kundalini sempre foi o maior e mais bem guardado segredo de todos os tempos. Um privilégio apenas de uns poucos Iniciados nos mistérios maiores do ocultismo e do esoterismo.
Na verdade a Kundalini é uma energia descomunal localizada no primeiro Chacra chamado Muladhara que significa ‘raiz suporte’ e está situado na base da espinha dorsal, mais exatamente entre o órgão genital e o ânus. Na época da Lemúria e da Atlântida, o homem era muito mais avançado e tinha os sentidos plenamente desenvolvidos. Com o passar do tempo, com a involução destas duas raças, está força extraordinária chamada Kundalini foi se comprimindo em um único ponto no primeiro Chacra. Deste o início dos tempos a Serpente, tem sido um símbolo sexual, e é justamente por isto que a Kundalini é representada por uma Serpente. Pois, a Kundalini está intimamente relacionada com a energia sexual.
Está energia extraordinária que tanto pode elevar o Ser aos planos superiores ou aprisioná-lo nos mundos infernos. Conforme a Kundalini vai subindo pelos Chacras, a glândula Pineal vai despertando de seu milenar adormecimento, e o homem vai recuperando os seus Sidhis, que são poderes extrasensoriais tais como a telepatia que é a comunicação de pensamentos, clarividência que é a visão do que acontece à distância, desdobramento astral que é a saída consciente dos corpos invisíveis para fora do corpo físico. O dom de curar com as mãos ou a ponta dos dedos, a levitação, invisibilidade etc. A Kundalini também desperta a ciências Jinas que é o extraordinário e maravilhoso ato de penetrar com o corpo físico em outras dimensões do Universo e desvendar os mistérios da vida e da morte.
Os Chacras podem ser definidos como vórtices ou redemoinhos de energia situados nos pontos de conjunções entre o corpos físicos e os corpos invisíveis superiores.
Existem diversos Chacras que mantém nosso corpo físico em contato direto com nossos corpos superiores, mas entre os vários centros energéticos, os principais são sete, sendo que cinco, se estendem ao longo da coluna vertebral, um entre as sobrancelhas e o sétimo no centro do celebro.
A Kundalini é simbolizada por uma Serpente mordendo a própria cauda mostrando que está transcendental energia está comprimida como se fosse uma mola.
A liberação da Kundalini começa no primeiro Chacra e vai subindo de Chacra em Chacra, até atingir o sétimo. Quando isto acontece, a pessoa se transforma em um Iluminado e se liberta totalmente do Ego ou Eus psicológicos. Certamente que quando isto acontece, a pessoa também se liberta da Roda de Sansara, que são os ciclos de recorrência do Ego, não retornando mais a esta Terra, sendo elevado a planos superiores e celestiais onde somente existe a mais pura felicidade. Obviamente que isto não acontece ao acaso, e muito menos pela equivocada lei da evolução.
KUNDALINI: A ENERGIA SEXUAL
Deste o início dos tempos a Serpente, tem sido um símbolo sexual, e é justamente por isto que a Kundalini é representada por uma Serpente. Pois, a Kundalini está intimamente relacionada com a energia sexual. Está energia extraordinária que tanto pode elevar o Ser aos planos superiores ou aprisioná-lo nos mundos infernos. Conforme a Kundalini vai subindo pelos Chacras, a glândula Pineal vai despertando de seu milenar adormecimento, e o homem vai recuperando os seus Sidhis, que são poderes extrasensoriais tais como a telepatia que é a comunicação de pensamentos, clarividência que é a visão do que acontece à distância, desdobramento astral que é a saída consciente dos corpos invisíveis para fora do corpo físico. O dom de curar com as mãos ou a ponta dos dedos, a levitação, invisibilidade etc. A Kundalini também desperta a ciências Jinas que é o extraordinário e maravilhoso ato de penetrar com o corpo físico em outras dimensões do Universo e desvendar os mistérios da vida e da morte.
Se você já leu alguma coisa relacionada a Kundalini, é normal você ter encontrado vários autores e inclusive até monges amantes e adoradores do Eu maior (Ego) ou do Eu superior (Ego) afirmando equivocadamente que despertar a Kundalini é perigoso e não se deve mexer com está energia. Pois estes materialistas tratam o Ego como se fosse deuses e jamais mostram o caminho da Auto Realização Íntima do Ser. Primeiro dizem maravilhas sobre a Kundalini, e depois falam que é perigosa; aí está os falsos ensinamentos que desgraçadamente abundam belo mundo.
A Kundalini é o Fogo Sagrado do Espírito Santo, tão desconhecido hoje em dia, é o Santo Graal dos primeiros cristãos ou a energia Chi ou Ki dos orientais. Os Egípcios da mesma forma que os Maias conheceram o Segredo da Serpente, Maha Kundalini dos hindus ou a Chave da Eterna Sabedoria Gnóstica. E é justamente por este choque tremendamente consciente que se tornaram civilizações gloriosas reconhecidas pelos deuses. Todas as pessoas possuem este extraordinário poder oculto, mas devido ao desrespeito as leis cósmicas ficamos impedidos de utilizá-lo. Somente seguindo os caminhos da Iniciação que estamos lhe revelando aos poucos, é possível despertar a Kundalini, e ser transferido para mundos inefáveis...
Os Egípcios da mesma forma que os Maias conheceram o Segredo da Serpente, Maha Kundalini dos hindus ou a Chave da Eterna Sabedoria Gnóstica. E é justamente por este choque tremendamente consciente que se tornaram civilizações gloriosas reconhecidas pelos deuses.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
A Canção do Delirante Aengus(1899)

Pardise, Stalinga
Eu fui para uma floresta de nogueiras,
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,
E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,
Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
E capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome:
Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
Com flores de maçãs nos cabelos
Ela me chamou pelo meu nome e correu
E desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo
As prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.
Autoria do poema: William Butler Yeats
Tradução: Izabella Drummond
domingo, 1 de fevereiro de 2009
AS VOZES ETERNAS(1899)

Oh, doces e perenes Vozes, permaneçam;
Tradução: Izabella Drumond
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
PRINCÍPIOS DA CRENÇA WICCANA

(1º) Praticamos ritos (pequenas partes de rituais) para entrar em sintonia com o ritmo natural das forças vitais, marcadas pela fases da lua, pela entrada das estações e por outros períodos relacionados à agricultura e ao ciclo reprodutivo dos animais.
(2º) Reconhecemos que a nossa inteligência nos atribui a uma responsabilidade especial com relação ao ambiente em que vivemos.Procuramos viver em total harmonia e equilíbrio ecológico com a natureza, proporcionando plenitude à vida e consciência dentro de um conceito evolucionário.
(3) Estamos conscientes de um poder muito maior do que o aparente para uma pessoa comum.Pelo fato de ser muito maior do que qualquer poder comum, damos a ele o nome de "sobrenatural".Contudo, para nós esse é um poder latente que existe em qualquer pessoa.
(4º) Do nosso ponto de vista, o Poder Criativo do universo se manifesta por meio da polaridade - como masculino e feminino - e está vivo em todas as pessoas.Acreditamos que esse poder seja ativado com a interação entre masculino e o feminino.Damos igual importância a ambos, pois sabemos que eles se complementam.Valorizamos a sexualidade pelo prazer que ela proporciona e por ser o símbolo e a corporificação da Vida.
(5º) Reconhecemos a existência tanto dos mundos exteriores quanto dos interiores ou psicológicos.Os mundos interiores são as vezes conhecidos como Mundo Espiritual, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc...Consideramos a interação entre as dimensões exterior e e interior como a base dos fenômenos paranormais e dos exercícios mágicos.Não damos mais valor a uma dimensão do que a outra, pois sabemos que ambas são necessária para nossa realização.
(6º) Não reconhecemos nenhum tipo de hierarquia autoritária.No entanto, temos consideração por aqueles que ensinam, respeitamos os que compartilham um conhecimento e sabedoria superiores e reconhecemos aqueles que corajosamente, dispõem-se a assumir posições de liderança.
(7º) Achamos que a religião, a magia e a experiência de vida constitui um todo que determina a maneira como a pessoa vê o mundo e vive dentro dele.essa é a nossa visão de mundo e filosofia de vida, as quais identificamos como bruxaria ou caminho wiccano.
(8º) Auto-intitular-se "bruxo" não faz de ninguém um bruxo.Nem tão pouco a hereditariedade ou uma coleção de títulos, graduações e iniciações.O bruxo busca controlar forças dentro dele que lhe possibilitem viver bem e com sabedoria, em harmonia com a natureza e sem prejudicar quem quer que seja.
(9º) Reconhecemos a importância da afirmação e da realização da vida.Acreditamos que seja esse o principio, como parte de um continuum de evolução e de desenvolvimento da consciência, que da verdadeiro sentido ao Universo tal como o conhecemos e ao papel que cada um de nós desempenha nesse Universo.
(10º) Só contestamos o Cristianismo ou qualquer outra religião ou filosofia de vida...Na medida em que essas instituições reivindicam para si o título de "única verdade e único caminho", impedindo que as pessoas sejam livres e reprimindo outros tipos de prática e crenças religiosas.
(11º) Não nos sentimos ameaçados pelos debates sobre a historia da bruxaria, as origens dos vários termos ou legitimidade dos vários aspectos das diferentes tradições.Estamos mais preocupados com o nosso presente e com o nosso futuro, conscientes de que passado, presente e futuro são uma questão de percepção individual.
(12º) Não aceitamos o conceito de "mal absoluto"Nem cultuamos nenhuma entidade conhecida como "satanás" ou, tal como é definida pela tradição cristã. Não desejamos poder a custa do sofrimento dos outros nem aceitamos a idéia de que é possível levar vantagem passando os outros pra trás.
(13º) procuramos conseguir, por meio da Natureza, aquilo que contribui com a nossa saúde e bem-estar.Sem nos prendermos a tradições de outros tempos e de outras culturas, não devemos lealdade a nenhuma pessoa ou poder maior d que a Divindade que se manifesta por meio do nosso próprio ser.Acolhemos e respeitamos todos os ensinamentos e tradições que apóiem a vida.Procuramos aprender com tudo e compartilhar tudo que aprendemos.Não vamos aceitar passivamente a destruição da Wicca por parte daqueles que só visam os próprios interesses ou de filosofia e praticas que contrariam os nossos princípios.embora procuremos excluir todos aqueles cujos os caminhos se oponham aos nossos, não impediremos a participação de qualquer pessoa que tenha um interesse sincero pelo nosso conhecimentos e crenças, independente de sua raça, cor, sexo, idade, nacionalidade, origem cultural ou preferência sexual.Mas o que significa essa coisa toda quando fazemos um apanhado geral e trocamos tudo em miúdos? Eis a resposta:Os bruxos wiccanos celebram o Espírito ou Deus/Deusa, realizando rituais e ritos que equivalem a um culto religioso. isso em geral significa celebrar alguns dias ao longo do ano e seguir as fases da lua ou as estações do ano. Em vez de realizar rituais em locais especiais, os bruxos preferem fazer reuniões no ambiente descontraído do lar, pois isso os ajuda a se aproximar do Espírito e a transformar os rituais numa atividade comunitária.
WICCA

Texto de Morgan Le Fay
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
SOLSTÍCIO DE INVERNO

Da série Fotografia Neoconcreta, Silvio Zamboni, 1995
Em solstício me esqueço e permaneço
inerte, centrado, desabitado de “outrem
ninguém”, no solilóquio desfreqüentado,em precipício,
insulado, no artifício
de manter-se uno, desobrigado, inteiro
e poder bastar-se, derradeiro, e asilar-se.
No meu solipsismo radical de celibato
nem cultivo o recato, afinal presumido
possuo sem ser possuído, se possuído não
cultuo sentimentos, assumido temporão.
Não, não e não!!!
Eu me afasto do mundo
ao mais profundo desvão, nem por isso casto
pois a sina do recato me alucina
com sortilégios, impropérios e falsos remédios.
Antonio Miranda*
* Soneto heterodoxo escrito para o personagem Nelson Teixeira, poeta bissexto que aborda sempre temas alegóricos e escatológicos, da novela que Antonio Miranda está escrevendo atualmente.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
MISTÉRIOS DA NOITE

Expurga tuas sombras dentro desse absoluto infinito
No sentido contrário ao deosil, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito.
Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, a vara, a faca e a taça elementa
lOs regentes das mansões estelares a nos restaurar.
Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre,
Transforme a prata e o visco desta infusão
Abençoando-nos em teu ventre, hoje e sempre!
Rowena Arnehoy Seneween ®
sábado, 13 de dezembro de 2008
OSTARA

Poção está pronta
E na água fervente borbulha a vida
Como no ventre da mãe terra
A semente toma forma divina
Na guerra o sol se embrenha
Vestindo a armadura iluminada
Nas trevas abre o caminho
Para o milagre da alvorada
Cinco-folhas no altar
Para em roda o mundo girar
E no perfume da flor dígna
A consorte gerar a mais tenra vida
Na mata se embrenham os coelhos
Guiados pela eterna sabedoria
Oster, a mãe etérea se materializa
Enchendo os campos de magia
E com timidez a TERRA recebe suas crias!
Escrito por Alexandre Martins
sábado, 6 de dezembro de 2008
OFERENDA

.
Que nossa mãe a terra se envolva
numa quádrupla túnica de farinha branca;
que se encha de flores de geada;
e além, em todas as montanhas cobertas de musgo,
de frio se acheguem os bosques uns aos outros;
e os braços das árvores se quebrem ao peso da neve,
e fique assim a terra:
- Esculpi os bastões da oração em forma de seres vivos.
América do Norte, Zunhis
Rosa do Mundo - 2001 poemas para o futuro
(Tr.de Herberto Helder)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
INVOCAÇÃO A DEUSA COMO MÃE

Por Susan Stern
Mama!
Do meu coração,
Do meu sangue, mama
Eu invoco você...
Meu coração do seu calor
Membro do seu ventre
Água de sua água
Gruta de sua colina
Broto de sua primavera
Olhos de suas estrelas
Mama
Olhos do seu sol,
Mama
Do seu sol, mama
Meu espírito do seu sol
Mama
Venha, Mama!
Venha para o nosso circulo
Nosso ventre
Esteja conosco agora, mama
Faça-se presente agora!
domingo, 16 de novembro de 2008
DITO O VEREDITO

... E TAMBÉM A SALVAÇÃO.
Caro amigo FERNÃO
... A NATUREZA É QUEM DÁ A LIÇÃO!
Ora mulher murrinhaSabe bem qual a resposta
... AO INFERNO!
Então porque ainda me interrogas?
...DA PRÓPRIA DECADÊNCIA.
Vejo em ti jovem TORJA
...MAS A FALSA DEUSA!
Ora então salvais aqueles que indico.
... SANGUE!
Não me deixas escolha TORJA
... ALELUIA!
Se minha pena é conjurar-me em pó
... JAMAIS DERROTAR.
Enquanto eu, maravilhosamente bela,
E na beira do abismo certamente meu nome gritarás...
... TORJA! TORJA!
Que assim seja insana filha
... PODEM LEVAR!
Escrito por Alexandre Martins
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Ode a Wicca

Densa floresta, guardiã de luzes,
De luares transparentes, azulados
Matizada pelas lúridas cores,
Fogueiras honrando antigos deuses
Ferem-me no peito.
Ocultos, para as ramagens inquietas,
Efervescendo, qual ordem dos ventos
Soprando, do abismo e do ignoto
Nos cânticos ancestrais se misturam,
Os ecos se propagam.
Livres corpos nus iluminados,
Beijos cândidos desferindo a Lua
Do Céu, testemunhado honras lunares
Vestindo prateado níveo manto
Colhendo estrelas.
Murmúrios solenes iniciam,
Antigos rituais e as pedras escutam
Transpirações noturnas no calor,
Dos cânticos, louvores à Natureza,
A vida celebrando.
Círculos de braços apontando,
Aos deuses atentos a quem ora
E fere a carne lançando na terra,
O sangue, florescendo à volta, o viço
Milagre verdadeiro.
Acesas tochas bruxuleiam, quando
Subitamente, quebrado silêncio,
Pelo primeiro grito, posse de outra
Alma sem somente ser a sua
Do sono despertando.
Frenética dança laboriosos transes,
Aspergindo odores quentes co' a frescura
Fundindo-se no odor celeste e puro,
Quando deuses caminham na terra
No olvido do Homem.
Oferendas, de sinceros cansaços
Honrando a celebração da vida,
Tão antiga quanto o nascimento
Ligando pontes entre o Céu e a Terra,
Torres de Gigantes.
E esparsos, caminhando lentamente,
Ao lar caminham leves como folhas
Guardando harmoniosa voz poemas,
Compostos pela Eterna Natureza
Assim cantam os Deuses...
António
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
TUATHA DE DANANN

O conhecimento do druida sabe que isso é só nosso passado
Mas a fogueira de Beltane continua queimando em nossas veias
Nós não podemos rejeitar nosso passado e nossos sonhos
Quando as chamas de Beltane brilharem de novo nesses dias
Nosso sangue correrá forte então
A prosperidade da terra está nas mãos de nossa rainha
Quando ela encontrar de novo o rei-gamo (na mit. Céltica, o chifre significa poder e virilidade)
Eles correrão na floresta para fazer a mais velha dança
O outono da primavera chega ao verão (????)
Beltane – Beltane
Seu fogo iluminou minha alma e agora eu espero por você de novo
Beltane – Beltane
As chamas de sua fogueira agora despertam meu desejo
Esse é o dia, grande dia maravilhoso
Com os dois lados, erga sua cabeça com orgulho
Dance na fogueira, êxtase na floresta
Submeta-se a rainha de maio, vôo insano
A musica acabou, rei/rainha em volta da fogueira
A fogueira de Beltane nos chama
Beltane
Beltane
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O LUGAR DA LIBERDADE

Fotografia: Ana Lúcia Frusca,2004.
Não há mansão por rica que seja
que valha o conforto da minha choupana.
No alto as Estrelas, dádiva do Céu,
o Sol e a luz e o brilho da Lua.
Pela mão dos Anjos e seu engenho foi posta de pé
- É esta uma história que hei-de contar.
E o meu Senhor, o Deus das Alturas,
Deu-lhe um telhado feito de colmo.
Na minha morada a chuva não cai
E não há que temer espadas e lanças.
É um lugar onde se goza a liberdade
Jardim aberto sem sebe em redor.
(Autor desconhecido, séc. IX. )
in A Perfeita Harmonia - Poemas Celtas da Natureza
(Tradução de José Domingos Morais)...in Poemário A/Alvim, 2007.
domingo, 2 de novembro de 2008
.jpg)
Birth_of_Venus_(Cabanel)
(...) " A Lua, que até ali permanecera calada, aproximou-se com passos de bailarina e voz de oceano, e me disse as seguintes palavras:
Eu sou Senhora do sangue sagrado.
a meretriz dos sucos vaginais.
sou aquela que encarna o pecado
e habita as grotas infernais.
Fui eu que te dei o desejo
que desenhei no teu corpo
todos os riscos do sexo.
Fui eu que te embalei nos braços
e disse a todas que eras mulher.
Sou eu que ainda te guio
nos descaminhos que inventaste.
Sou eu que sustento as violações
de um corpo que mutilaste.
Tu, que és parte de mim mesma,
esqueceste o lugar que te gerou.
Tomaste um rumo avesso e contrário
e renegaste quem te criou.
Mas tu és lua, mulher e loba,
e serás assim até o instante final.
Não serás ferida,
porque és cura.
Não será dor,
porque és prazer.
Não serás culpa,
porque és vida.
Não serás certeza,
porque és abismo!"
(Fragmento de texto retirado do livro: A panela de Afrodite - Márcia Frazão)
sábado, 1 de novembro de 2008
ORAÇÃO CELTA

Imagem: simone Creations
Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro. Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a musica seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!
Namastê!!
Os sabás wiccanos

Foto cedida pela Witch's VoiceBeltane 2004, um festival em Oxford, Connecticut.
Parte da filosofia wiccana é o eterno círculo da vida. A Roda do Ano é essencialmente o calendário wiccano, e mostra o ciclo interminável.
O ano wiccano começa no sabá (dia sagrado) de Yule, quando a deusa dá a luz ao deus. O deus cresce forte através da primavera e verão, e então no outono, o deus e a deusa se unem. Nesse momento, a deusa fica grávida do novo deus. O antigo deus morre no Samhain (Halloween) para renascer em Yule. Esse ciclo é representando simbolicamente durante certos rituais e é conhecido como o Grande Rito (veja a seção anterior).
No Brasil, alguns seguidores da Wicca se adaptaram acomodando a roda do ano para seguir de acordo com a virada das estações. No entanto, devido à grande extensão territorial e ao fato do Brasil não possuir estações tão definidas, muitos wiccanos preferem manter as datas do hemisfério norte.
Há oito rituais de sabá durante todo o ano:
Yule: celebrado no solstício de inverno e é a celebração da deusa dando à luz ao deus.
Imbolc: celebrado no dia 2 de fevereiro, é o momento no qual os primeiros plantios das safras de primavera ocorrem. Também é considerado o momento de limpeza espiritual e renovação de votos.
Ostara: celebrado no equinócio da primavera em março, esse sabá representa um novo começo, parcialmente porque marca o início de dias mais longos e noites mais curtas. Também marca a união do deus e da deusa e, portanto, simboliza a fertilidade.
Beltane: celebrado em 1º de maio, representa o fim da estação de plantio e o começo da colheita. Também representa a fertilidade, já que a celebração geralmente envolve regras livres de fidelidade.
Litha: celebrado no solstício de verão, este sabá representa o auge da força do Deus. Pode envolver fogueiras para espantar espíritos maus.
Lughnasadh: celebrado em 1º de agosto, é o momento em que a deusa passa o controle ao deus. É o momento de banquetes e festivais da arte.
Mabon: celebrado no equinócio do outono, Mabon representa o equilíbrio entre a luz e a escuridão e as noites começam a ficar mais longas que os dias. É oficialmente o dia pagão de Ação de Graças.
Samhain: celebrado no Halloween, Samhain significa o fim do verão e o início do inverno. Nessa noite, diz-se que os mortos podem se comunicar com os vivos para visitar e celebrar com suas famílias.
Artigo retirado desse site: http://pessoas.hsw.uol.com.br/bruxaria5.htm
Namastê
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
AO SOL

Fotografia de Ana Lúcia Frusca
Eu te saúdo, Sol das estações,
Na tua viagem pelos altos céus.
Rasto indelével no cimo dos montes,
Senhor amável de todas as estrelas.
Mergulhas sereno nas trevas do mar
Ninguém te toca e nada tu sofres.
Depois te levantas da calma das ondas
Como jovem príncipe coroado de rosas.
Extraído do livro O Imenso Adeus - poemas celtas do amor. Tradução de José Domingos Morais.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
POEMA TRADICIONAL A BRIGIT

Tógfaidh mé mo thinne inniui
TRADUÇÃO:
Eu construo meu fogo hoje
( Autoria desconhecida)
sábado, 25 de outubro de 2008
POEMA DE IMBOLC

Versão original: Diane SteinTradução livre: Luazul
A noite se ilumina com velas brancas
A escuridão torna-se luz
Tudo muda, tudo gira
É a festa das chamas
Fogo do coração e da mente
Cintilando faíscas
Que dançam no ar
Nos aquecemos com inspiração
Nós derretemos em inocência
A neve do desejo
Brilha por todos nós
Queima dentro de nós
O calor da espiral da vida
O fogo se cria novamente
Brilhando em todos nós
Queimando dentro de nós
Acordar e levantar é uma necessidade
Brilha por todos nós
Queima dentro de nós
Sua vela é a nossa única fonte
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
A CANÇÃO DE ARMEGIN

Sou um vento sobre o mar,
Sou uma onda do oceano,
Sou um som do mar
,Sou um cervo com sete cornos,
Sou uma águia em um penhasco,
Sou uma lágrima do Sol,
Sou a mais bela das flores,
Sou um javali em bravura,
Sou um salmão em uma lagoa,
Sou um lago na planície,
Sou um monte dos poetas,
Sou a ponta da lança que dá batalha,
Sou o deus que criou o fogo na cabeça
Quem explica as rochas das montanhas?
Quem pode interpretar as idades da Lua?
Quem sabe onde o Sol se põe?
Quem leva o gado para fora da casa de Tethra?
Quem é o gado de Tethra que ri?
Qual homem, qual deus faz armas afiadas?
Encantação sobre uma lança - encantação do vento?
* Armegin era o comandante dos milesianos quando de seu embarque na Irlanda. Era um bardo e poeta, e é ele quem negocia a entrada de seu povo na ilha com a deusa Eriu (Eire), prometendo a ela dar seu nome àquelas terras. Irlanda / Ireland (em inglês) = Terra de Ire (Eire).
Paz, Amor - Sabedoria e Luz.